Pequenas mudanças no dia a dia organizacional são suficientes para reter colaboradores nas empresas, independentemente do porte ou faturamento.
Muitas empresas vêm investindo cada vez mais em seus colaboradores, pensando em bem-estar, melhores salários e benefícios, em proporcionar home office, quando possível, entre tantos outros diferenciais que conquistam e mantêm as pessoas dentro das companhias.
Esses planos motivacionais, de modo geral, ainda são mais comuns em empresas de grande porte, que têm políticas de indicadores para medir o desempenho de seus funcionários e bonificá-los quando atingem as metas traçadas.
Estou me referindo a planos de cargos e salários, bonificações por desempenho, planos de desenvolvimento individual e de liderança, executive coaching, distribuição de frutas durante o expediente, ginástica laboral, quick massage, entre infinitos outros “artigos de perfumaria de RH”, como são chamadas tais ações no meio empresarial.
Agora, se mais de 70% dos celetistas (funcionários sob regime CLT) no Brasil são oriundos de pequenas e médias companhias, estamos fadados ao eterno descontentamento e desmotivação da maioria da população? Ou será possível fazer algo a mais para manter colaboradores felizes e motivados no ambiente corporativo?
Os empresários e gestores ainda podem acreditar que é preciso bastante dinheiro para investir nos funcionários e mantê-los motivados e produzindo. Porém, simples gestos e mudanças no dia a dia organizacional fazem com que seus colaboradores trabalhem melhor e mais empenhados.
A começar pela comunicação. Todos sabem quais objetivos a empresa quer atingir? Os líderes mantêm seus subordinados a par das metas de cada área e qual a consequência, caso não sejam atingidas? Eles divulgam as mudanças que irão ocorrer? Você trabalharia satisfeito sem saber para onde vai? E seu funcionário, trabalharia?
Outro ponto é o respeito. Parece óbvio, mas ninguém gosta de ser repreendido na frente de todos, menos ainda quando o tom de voz é alterado. Mesmo assim, é bastante comum o ato de corrigir alguém perante os colegas, e isso é constrangedor, desmotivador e pode até virar uma ação trabalhista por danos morais contra a empresa.
Um terceiro fator é a falta de políticas e regras dentro da companhia. Se o gestor deseja subsidiar um curso para um funcionário, é preciso entender se a necessidade é real, se há merecimento por parte do colaborador e se outros também não deveriam ser inclusos no pacote – a falta de política e transparência gera a sensação de “dois pesos e duas medidas”, além de insatisfação e tendência a achar que existem privilégios para poucos.
Com estas ações, que não requerem investimento financeiro algum, as equipes, certamente, trabalharão mais felizes e motivadas e ajudarão gestores e empresários a alcançar os resultados esperados.
http://www.jornalempresasenegocios.com.br/reencantando_29_07_2014.html