Quando um empreendedor, dono de uma franquia de serviços, alimentação ou qualquer outro tipo, me procura para que eu possa auxiliá-lo a contratar um novo colaborador para compor sua equipe, a primeira tarefa que tenho, como consultora, é o levantamento das reais necessidades deste gestor, bem como as responsabilidades do cargo e história/cultura da empresa ou franquia.
Posso dizer que existem, basicamente, três tipos de gestores no momento de seleção de um novo colaborador. O primeiro é o assertivo: aquele gestor que é ciente de suas necessidades e requisita um profissional adequado a elas, além de oferecer uma remuneração compatível com o mercado e suas especificações. O segundo é o empreendedor que tem consciência de que o salário e benefícios oferecidos são aquém do mercado e não tem um grau de exigência alta. O terceiro tipo, talvez o que mais dificulte o trabalho do consultor, é o que, normalmente, tem uma visão aumentada da necessidade técnica e comportamental do profissional que deseja.
Este franqueado requisita experiência e competência além do que realmente necessita e pode oferecer de remuneração, bem como cria um grau de expectativa elevado. Costumo brincar que o gestor está em “busca do candidato encantado”! Ele acaba perdendo bons profissionais, pois demora em dar a resposta positiva e estes candidatos são aproveitados em outras oportunidades (afinal são bons), além de demandar várias repetições de processos seletivos, pois não encontrou ninguém que lhe “brilhe os olhos”.
Normalmente, quando isso acontece, tento chamar a atenção do franqueado para mostrar-lhe sua real necessidade e que alguns candidatos podem supri-la. Além de elucidar que não existe profissional “perfeito”, afinal nenhum ser humano é perfeito. A tarefa consiste em colocar de um lado da balança as virtudes, experiências e conhecimentos dos candidatos finalistas e do outro seus gaps, verificar quais lhe atendem melhor e contratá-lo.
E você em qual tipo de gestor se encaixa?